domingo, 26 de dezembro de 2010

Luz em nossas mãos




A Terra de hoje reúne povos de vanguarda na esfera da inteligência.

A energia elétrica assegura a circulação da força necessária à manutenção do trabalho e do conforto doméstico.

A ciência garante a higiene.

O automóvel propicia ganho de tempo e encurtamento de distâncias.

A Imprensa, a Internet, o Radio e a Televisão interligam milhares de criaturas, num só instante, na mesma faixa de pensamento.

A escola abrilhanta o cérebro.

A técnica orienta a indústria.

Os institutos sociais patrocinam os assuntos de previdência e segurança.

O comércio consegue atender o consumo com eficiência.

Entretanto, será impecável nossa civilização?

Caminhamos para a plenitude da realização do ser humano?

A resposta não dispensa uma análise das palavras do cristo, roteiro seguro da humanidade em marcha para o pai.

Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: "O reino de Deus não vem com aparências exteriores."

A assertiva do amigo divino evidencia que o real nível evolutivo da coletividade não se mede por conquistas materiais.

A cultura pode resplandecer em fulgores e o progresso material atingir as maiores culminâncias, mas os homens podem permanecer infelizes e doentes.

Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, indaga a seus Orientadores espirituais quais os indícios pelos quais se pode reconhecer uma civilização completa.

Os Espíritos afirmam que a pedra de toque de uma civilização avançada é o desenvolvimento moral.

Assentam que o homem se equivoca ao se dizer evoluído só porque obtém invenções engenhosas e se veste melhor do que os selvagens.

A humanidade apenas será de fato civilizada quando houver banido os vícios que a infelicitam, e os seus integrantes viverem como irmãos, praticando a caridade.

Uma análise detida da realidade atual revela o quanto nossa sociedade se encontra longe dessa descrição.

A produção de alimentos cresce sem cessar, mas há milhões de famintos.

As comodidades domésticas transformam a vida das famílias, mas seus membros se distanciam afetivamente e pouco se falam.

Reclama-se em altos brados da desonestidade e do descaso dos governantes, no entanto raros cidadãos cumprem rigorosamente os seus deveres.

Ao invés de se cultivar a educação moral e o perdão, dissemina-se a cultura da indenização por dano moral.

Não se busca compreender os equívocos do próximo, mas lucrar com eles, o mais possível.

Tem-se uma sociedade com valores desvirtuados, o ter sendo muito mais importante do que o ser.

Em um mundo de cintilante progresso material, a paz escasseia e avulta o número de doentes do corpo e da alma.

Contudo, acima e além de tudo isso, pairam soberanos os exemplos e as palavras do cristo.

O reino de Deus não vem até nós com aparências exteriores.

Ele deve ser edificado em nosso interior, por meio do cultivo da pureza, humildade, honestidade e generosidade, a se refletirem em nosso relacionamento com o próximo.

Antes de buscar a conquista do mundo, domemos nossos vícios e exercitemos as virtudes cristãs.

As palavras e os exemplos do Mestre de Nazaré são luz em nossas mãos, fornecendo roteiro seguro para o resgate de nós mesmos do desequilíbrio e da ignorância.

Busquemos primeiro as coisas de Deus, que todas as outras nos serão acrescentadas.


Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo XIV do livro Segue-me!..., do Espírito Emmanuel, psicografado por Francisco Cândido Xavier.

Um comentário:

  1. É maravilhoso ver reflexões tão claras e tão acertadas a respeito da realidade atual e os ensinamentos do Divino Amigo e Mestre Jesus!

    Tudo depende de nós, respeitado o determinismo divino da prevalência do Bem sempre.

    Luz, Paz e Amor para todos nós!

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