sexta-feira, 10 de setembro de 2010

RELEMBRAR, UM BOM MOTIVO PARA AS MUDANÇAS

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Lembro-me de uma passagem muito interessante quando da minha existência na velha Grécia.

Curioso por excelência nunca me agachei ao achar que não poderia desvendar os assuntos pelos quais me apaixonava. Insistia até compreender que estava ali diante de uma peça rara. Peça que o meu coração se deslumbrava ao primeiro contato. Curiosamente não me continha e entrava para descobrir o que havia por trás das cortinas escuras do oculto.

Não era um véu da minha ilusão. Detinha-me no consenso e me deslumbrava com as minhas descobertas.

Plautus, um amigo muito particular me ajudava a decifrar os numerais encobertos. Nada ficava por menos. Juntos nos empenhávamos em reescrever as nossas histórias.

A Grécia como uma sábia e antiga civilização tinha muitos segredos. Mas apesar de ter sido um berço de muitos filósofos, havia outras classes que não curtiam estudos mais aprofundados.

Plautus e eu formávamos uma dupla de irmãos. Ele era alguém que pensava muito perto. A afinidade reinava entre nós. Eu diria que a nossa sensibilidade adivinhava a sensibilidade do outro. Éramos discretos nessa amizade de irmãos verdadeiramente e plenos!

Um dia nos descobrimos em uma civilização mais recuada, e dessas lembranças que nos chegaram internamente conseguimos entrar em contato com antigos amigos que nos vinham dar instruções à portas fechadas. Foi assim que muito escrevia e levava as criações em encenações posteriores.

Aprendemos ou melhor, reaprendemos a arte cênica.

Era um contato muito belo. Muitos escritos foram perdidos e outros nem sequer foram analisados em sua integra na época.

Para mim era sempre uma grande alegria receber orientações sutis de amigos amados do passado.

Como nos afloravam as boas lembranças!

Havia algumas que desconhecíamos o que eram também muito bem vindas. As lembranças que ressurgiam nos eram autorizadas a conhecê-las.

Descobri que era uma energia imperecível.

Hoje após muitos séculos admira-nos muita gente ainda não aceitar a comunicabilidade com os seres do passado!

É indescritível reaprender com eles!

É compensador aprender com eles!

Por que perdeis tanto tempo em não acenar para a imortalidade da alma e a estruturar novos conceitos milenarmente tão antigos como o nascimento do sol?

Ouçam a voz do seu coração e sutilizem os ouvidos internos para ouvir a experiência que paira na dimensão do tempo.

Ouçam a sabedoria milenar que deseja eclodir de dentro do vosso ser.

Descubram o trabalho que Deus lhes reserva.

Façam-se de instrumentos de amor deixando para trás, o Adão, a Eva, o purgatório e o tão temido fogo do inferno!

É bastante generosa a volta desses debruns do passado. Precisamos entrar nesse retorno.

E quando muitos tiverem acessado esse tesouro, a terra entrará em outra órbita de entendimento e a leveza imperará dentro de cada alma esquecida e ressarcida dos seus débitos para entrar na plenitude infinita.

Hoje, eu e Plautus continuamos juntos por um só ideal em afinidade que o tempo jamais apagará.

Relembrar o conhecimento positivo de vidas pregressas é urgente.

O Deus único abre as comportas da necessidade cósmica ao desenvolvimento da lapidação das jóias em ouro raríssimo e de esplendor maciço que estão em nosso poder. Entremos em conivência com este poder do passado e o nosso futuro se abrilhantará em nuvens coloridas de essências perfumadas para o renascer de uma nova e inconfundível era.

Sófocles

Canal: Francyska Almeida-fev2008-Fort-Ce.

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