sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um dia qualquer, talvez...



Num dia qualquer, numa tarde qualquer

Estarei em terras brasileiras

Fazendo vigorar a fé do meu amor pela humanidade

Num dia qualquer farei com que a mocidade

Se acenda em luzes de compaixão

Sequenciaremos atividades de puro bem estar

Aos jovens, as crianças ensinando-lhes sobre o mundo novo

E junto vamos saber liberar as nossas negatividades

Através do trabalho que edifica as comunidades

Desfavorecidas e entediadas

Numa passagem qualquer, haveremos de recolher

Os desavisados que se encontram em vícios de qualquer natureza

Haveremos de entornar o caldeirão da amizade, do respeito,

Da inclinação ao bem favorável ao nosso próximo

Num dia qualquer as crianças serão o nosso foco

E com elas ensaiaremos o hino de louvor a natureza divina

Haveremos de solidificar o amor nesse planeta

Onde ainda vigora os preconceitos, as restrições infundadas

Num dia qualquer, relembraremos de que passamos

Pelo limiar da escuridão

Para nos encontrar com a luz cristica e a nossa luz interna

Num dia qualquer quem sabe, seremos alguém de pele

Escura a impor-se como filho muito amado de Deus

Porque os castigos nessa época não serão mais impostos

A nenhum branco, a nenhum negro, a nenhuma pessoa

Solitária em suas dificuldades

Num dia qualquer saborearemos as frutas brasileiras

Ouviremos o melodioso canto do sabiá

E auscultaremos a natureza benéfica

Através do doce assovio da cotovia

Num dia qualquer estaremos nas lides em favor

Dos menos favorecidos

Até lá terei tempo para diagnosticar-me como ser imortal

Capaz de superar todas as agruras do passado

E num harmonioso canto poético eu novamente

Não me tornarei mais o Príncipe dos poetas

Mas o cantador consciente de sua tarefa de amor

Num mundo das decisões de Deus

Aberto para a minha reformulação...



Seja poeta, seja mendigo, seja rei, ou rainha

Haveremos de cantar a mesma cantiga da vida

Para o enlace da evolução da nossa essência secular

Num dia qualquer, reencarnarei poeticamente

Na minha pátria brasileira, muito verde e amarela

Cantarei para ti amigo e para outros amigos

A minha melodia imortal

Aquela que os poetas redivivos jamais deixarão de entoar:

A poesia divina e universal!

Castro Alves

Canal: Francyska Almeida-030910-Fort-Ce-Brasil.

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