Num dia qualquer, numa tarde qualquer
Estarei em terras brasileiras
Fazendo vigorar a fé do meu amor pela humanidade
Num dia qualquer farei com que a mocidade
Se acenda em luzes de compaixão
Sequenciaremos atividades de puro bem estar
Aos jovens, as crianças ensinando-lhes sobre o mundo novo
E junto vamos saber liberar as nossas negatividades
Através do trabalho que edifica as comunidades
Desfavorecidas e entediadas
Numa passagem qualquer, haveremos de recolher
Os desavisados que se encontram em vícios de qualquer natureza
Haveremos de entornar o caldeirão da amizade, do respeito,
Da inclinação ao bem favorável ao nosso próximo
Num dia qualquer as crianças serão o nosso foco
E com elas ensaiaremos o hino de louvor a natureza divina
Haveremos de solidificar o amor nesse planeta
Onde ainda vigora os preconceitos, as restrições infundadas
Num dia qualquer, relembraremos de que passamos
Pelo limiar da escuridão
Para nos encontrar com a luz cristica e a nossa luz interna
Num dia qualquer quem sabe, seremos alguém de pele
Escura a impor-se como filho muito amado de Deus
Porque os castigos nessa época não serão mais impostos
A nenhum branco, a nenhum negro, a nenhuma pessoa
Solitária em suas dificuldades
Num dia qualquer saborearemos as frutas brasileiras
Ouviremos o melodioso canto do sabiá
E auscultaremos a natureza benéfica
Através do doce assovio da cotovia
Num dia qualquer estaremos nas lides em favor
Dos menos favorecidos
Até lá terei tempo para diagnosticar-me como ser imortal
Capaz de superar todas as agruras do passado
E num harmonioso canto poético eu novamente
Não me tornarei mais o Príncipe dos poetas
Mas o cantador consciente de sua tarefa de amor
Num mundo das decisões de Deus
Aberto para a minha reformulação...
Seja poeta, seja mendigo, seja rei, ou rainha
Haveremos de cantar a mesma cantiga da vida
Para o enlace da evolução da nossa essência secular
Num dia qualquer, reencarnarei poeticamente
Na minha pátria brasileira, muito verde e amarela
Cantarei para ti amigo e para outros amigos
A minha melodia imortal
Aquela que os poetas redivivos jamais deixarão de entoar:
A poesia divina e universal!
Castro Alves
Canal: Francyska Almeida-030910-Fort-Ce-Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário